domingo, 29 de setembro de 2013

TERMOGÊNICOS


 
     O tratamento da obesidade reduz riscos de doenças, mesmo uma diminuição modesta, de 5% a 10% do peso corporal, já traz benefícios comprovados à saúde. Neste contexto, houve um rápido crescimento nos tratamentos terapêuticos com suplementos naturais e cada vez mais tem aumentado interesses nos potenciais efeitos termogênicos de compostos extraídos de plantas
(WESTERTERP et al., 2006).
     O balanço energético, advindo do equilíbrio entre o gasto energético (GE) e a ingestão calórica (IC), tem um importante papel no controle do peso e da reserva de gordura corporal (SCHUTZ,1995).
     A nutrição é considerada um aspecto importante na vida dos indivíduos, uma vez que bons hábitos alimentares, com quantidades ideais na ingestão de alimentos podem significar corpo e mente saudável (LOBO et al., 2005). Desta forma, a dieta é considerada uma grande aliada para a prevenção e controle de várias doenças (QUEIRÓS et al., 2007).
     A composição química dos alimentos fornece dados sobre a relação entre alimentos e saúde. Fontes de calorias e nutrientes são dadas de vital importância, que podem ser utilizados para recomendações nutricionais e também por políticas de saúde públicas e epidemiológicas (SCAGLIUSI; JÚNIOR, 2003).
     A ingestão alimentar, um dos componentes do balanço energético, está intimamente ligada às sensações de fome, saciedade e apetite (BLUNDELL, 1990 e HETHERINGTON, 2002).
     Do ponto de vista fisiológico, admite-se que a produção de calor nos animais possa ser dividida em duas categorias: termogênese obrigatória e termogênese facultativa (BIANCO, 2000).
     A termogênese obrigatória (BMR - basal metabolic rate, taxa de metabolismo basal) - é a somatória de todo o calor produzido no organismo, estando este em vigília e repouso, na temperatura ambiente e em jejum de pelo menos 12h. É o resultado da ineficiência intrínseca mitocondrial e do turnover de ATP, associado em grande parte a: ciclos celulares iônicos e de substratos, e.g. Na/K, Ca, ciclos da glicólise, particularmente nos tecidos excitável e renal; ciclos metabólicos, e.g. ciclo de Cori, lipólise/lipogênese, glicogenólise/glicogênese, particularmente no fígado e tecido adiposo; contração e relaxamento muscular derivado do trabalho muscular basal, particularmente os batimentos cardíacos, movimentos respiratórios, tônus da musculatura estriada e vasomotora, peristaltismo; e secreção basal de glândulas exócrinas e anexas ao tubo digestivo (BIANCO, 2000).
     Vale ressaltar que o consumo desses alimentos não deve ser feito no período noturno para não prejudicar o sono. O exagero no consumo desses alimentos pode levar ao surgimento de sintomas como dor de cabeça, tontura, insônia e problemas gastrointestinais. Hipertensos e indivíduos com problemas cardíacos devem ter cuidados aumentados, pois alguns desses alimentos fazem o coração trabalhar mais rápido. Por causa da influência sobre o metabolismo, os termogênicos não devem ser ingeridos por quem sofre de problemas na tireóide (BENITES et al, 2000).
     A termogênese induzida pela dieta é o gasto energético gerado pelos processos de ingestão, digestão, absorção, utilização e estocagem dos alimentos ingeridos. Ela representa 5% a 15% do gasto energético total, o que indica seu importante papel na regulação do balanço energético e do peso corporal (HERMSDORFF, 2003).
 
 
ALIMENTOS TERMOGÊNICOS DE RELEVÂNCIA
 
     O efeito termogênico dos alimentos varia com a composição da dieta, sendo maior após o consumo de carboidrato e proteína do que após o de gordura. A gordura é metabolizada eficientemente com apenas 4% de perda, comparada a 25% de perda quando o carboidrato é convertido em gordura para armazenamento (MAHAN et al., 2005).
      Quando os alimentos possuem condimentos, esse efeito é prolongado ainda mais, fazendo com que mais calorias sejam queimadas. As refeições com adição de pimenta e mostarda aumentam a taxa metabólica significativamente. O frio e a cafeína também estimulam o efeito térmico do alimento.
     Deste modo os principais alimentos com efeitos termogênicos podem ser considerados: pimenta vermelha, mostarda, gengibre, vinagre de maçã, acelga, aspargos, couve, vegetais fibrosos (brócolis, acelga, couve), laranja, kiwi, cafeína, guaraná, guaraná em pó, chá verde, água gelada, linhaça,  orduras vegetais, em especial, a de coco, produtos derivados de chocolate e os que contém Ômega-3 (bacalhau, salmão, arenque, sardinha, anchova) e Ácido Linolêico Conjugado (nutriente encontrado na carne bovina, de peru e em alguns laticínios).
 
 
CONCLUSÃO
 
     Os alimentos termogênicos induzem o corpo a gastar certa quantidade de energia durante o processo digestivo. Quanto mais difícil a digestão, maior o valor termogênico do alimento e, por conseqüência, maior o gasto de calorias. Já os alimentos com baixo efeito térmico são consumidos mais rapidamente e provocam um aumento nos depósitos de gordura.
     A quantidade a ser ingerida depende das características pessoais, identificadas após uma avaliação nutricional. O consumo em excesso de determinados condimentos podem causar desconfortos ou até mesmo algumas patologias.
     É importante aliar o consumo dos alimentos termogênicos a um plano alimentar equilibrado, e a prática frequente de atividades físicas.
 
 
SUPLEMENTOS TERMOGÊNICOS VALEM A PENA?
     Os termogênicos têm sido buscados com o objetivo de acelerar a perda de gordura corporal, melhorar o desempenho ou proporcionar mais disposição para os treinos. Mas será que o uso de termogênicos é realmente seguro? A termogênese ocorre quando o corpo gera calor ao realizar suas funções biológicas.
     Quando gera mais calor ele está sendo cada vez menos eficiente termodinamicamente falando; já que “desperdiça” energia na hora de produzir trabalho (movimento muscular ou reações bioquímicas, por exemplo). Mas para o emagrecimento ou perda de gordura, este “desperdício” é vantajoso, pois o organismo não armazena toda a energia consumida (na forma de gordura).
     Alguns suplementos podem “acelerar” a oxidação (queima) de gordura no corpo por justamente aumentarem esta ineficiência termodinâmica. Existem basicamente 4 tipos de suplementos termogênicos: os suplementos estimulantes (que contém cafeína ou extrato de guaraná); os ricos em gordura (Óleo de Cártamo, Óleo de coco); os ricos em vitaminas, minerais e fibras; e aqueles à base de medicamentos estimulantes (anfetaminas e análogos à anfetamina como a efedrina).
     Os suplementos estimulantes são os que trazem maiores resultados, no entanto não são livres de efeitos colaterais como insônia, taquicardia, angustia, agitação e dependência. Os ricos em gorduras não apresentam consenso científico com relação à maior oxidação de gordura. Os ricos em vitaminas, minerais e fibras são equivalentes a alimentos ricos nestes nutrientes. E os ricos em medicamentos estimulantes não são permitidos, mas são amplamente encontrados nos suplementos importados que viraram febre no Brasil! Não deveriam nem ser vendidos como suplementos, justamente por conterem medicamentos.
 
     Portanto os mais indicados (com orientação e acompanhamento) são os que contêm cafeína ou extrato de guaraná em sua composição. Os outros podem ser desperdício de dinheiro ou de saúde, já que ainda não apresentam um suporte científico consistente ou sabidamente prejudicam a saúde.
     A própria alimentação pode ser termogênica quando se incluem adequadamente proteínas, gorduras insaturadas (gorduras do bem), fibras e quando a regularidade e frequência são adequadas. Portanto A SUA ALIMENTAÇÃO FAZ A DIFERENÇA!
 
 
 
BIBLIOGRAFIA

BENITES J.,CARDOSO J., CONTI T., MARTINS J., SONH V. Uso de alimentos termogênicos no tratamento da obesidade. Rio de Janeiro, junho de 2010. Disponível
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BIANCO, A. C. Hormônios Tireóideos, UCPs e Termogênese. Arquivos Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. vol.44 no.4 São Paulo Ago. 2000.
 
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HETHERINGTON M. M. The physiological-psychological dichotomy in the study of food intake. Proc Nutr Soc 2002; 61(4)497- 507. Disponível em <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12691179> Acesso dia 7 de setembro de 2011.
 
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Luís Otávio LOLD
Profissional de Educação Física (Fortaleza-Ce)
Cref-005751-G/CE




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O que é ALBUMINA?

       A albumina é uma proteína presente em grande concentração no plasma humano, sendo a proteína cuja concentração plasmática é a mais elevada. Seu peso molecular é de 68.000 Daltons, e é a principal responsável pela manutenção da pressão oncótica intravascular.

      É sintetizada no fígado, pelos hepatócitos. A síntese diária média de albumina é de 120 a 200 mg/Kg de peso, e o tempo médio de síntese é de 20 minutos. Dois terços da albumina corporal estão no compartimento extravascular, e apenas um terço no setor intravascular.

 
     A albumina é uma proteína de alto valor biológico presente principalmente na clara do ovo, no leite e no sangue. É freqüentemente usada por praticantes de musculação como uma fonte proteica de fácil acesso (baixo custo) e boa qualidade (boa variedade dos aminoácidos que a compõe).

      A Albumina é ideal para praticantes de musculação e outros esportes que requerem força. A albumina é muito prática. Você pode mistura-la em shakes a seu gosto e facilmente obter a quantidade de proteína que deseja na refeição. Além disso, se você está fazendo uma dieta rica em proteínas, a albumina torna a dieta mais fácil porque você não precisará ficar comendo carnes o tempo todo.

Albumina da clara de ovo:

A albumnia da clara do ovo pasteurizada. Devido à sua alta digestibilidade e por conter todos os aminoácidos essenciais nas quantidades e proporções ideais, a albumina é reconhecida como a mais rica proteína animal, sendo fundamental para o crescimento e regeneração muscular. É indicada para pessoas cujo objetivo é o aumento de massa muscular ou para pessoas cujas dietas possuam grandes quantidades de proteína.

Albumina para que serve?

A Albumina é a proteína da clara do ovo, e já vem sendo utilizada por muitos anos por atletas de elite, praticantes de musculação e fisiculturismo, por ser uma proteína de alta qualidade. Atletas utilizam grandes quantidades desta proteína através do consumo de ovos, alguns insistem em consumir a claro do ovo crua. Ocorre que a clara do ovo pode fazer mal a saúde, se consumida desta maneira, por possuir eventualmente bactérias indesejáveis. Outro problema de consumir albumina através da clara do ovo crua, é que desta maneira, outros nutrientes do alimento inibem a absorção de uma vitamina do complexo B, a biotina, umas das substâncias responsáveis por fornecer energia ao organismo. Por este motivo, o consumo de ovos crus foi sendo substituído por suplementos a base de albumina, bem mais concentrados e sem nenhum risco a saúde.

A albumina é:
       Principal proteína do plasma sanguíneo, é sintetizada no fígado, pelos hepatócitos.

       A reposição de albumina é usada, na medicina, em tratamentos relacionados com queimaduras e hemorragias graves. Uma pessoa com queimaduras do terceiro grau em 30 a 50% do seu corpo necessitaria de 600 gramas de albumina. São necessários 10 a 15 litros de sangue para extrair-se essa quantidade de albumina. Também pode ser usada para recuperação de pessoas submetidas a cirurgias plásticas tipo lipo-aspiração, pois, a albumina ajuda a desinchar.

      A concentração normal de albumina no sangue animal fica entre 3,5 e 5,0 gramas por decilitro, e constitui cerca de 50% das proteínas plasmáticas. Outro grande grupo de proteínas presentes no plasma são as globulinas. A albumina é fundamental para a manutenção da pressão osmótica, necessária para a distribuição correta dos líquidos corporais entre o compartimento intravascular e o extravascular, localizado entre os tecidos. A membrana basal do glomérulo renal, permite a filtração glomerular da albumina, mas isso em quantidade mínima não chegando fazer parte da urina, devido estas albuminas acaberem sendo reabsorvida pelos túbulos contorcidos proximaais dos néfrons. Na glomerulonefrite a permeabilidade desses glomérulos as proteínas aumentam a ponto de muitas delas não conseguirem ser reabsorvidas por completo fazendo com que muitas delas acabem fazendo parte da urina sendo por ela eliminadas. O diagnóstico dessa doença pode ser feito por um exame simples de urina que verifica a presença ou não de albumina na urina.

Como Tomar
      Primeiramente você pode utilizar a albumina ou qualquer outro tipo de alimentoprotéico de 3 em 3 horas ou até mesmo de 2 em 2 horas, isso vai depender do seu objetivo e disponibilidade de grana claro, mas lembre-se, quanto mais poderem se manter em estado anabólico, maior chance de resultados, então não vamos pecar na alimentação e suplementação. Quanto à quantidade a ser consumida, vocês sabem que vai do objetivo de cada um, mas a recomendação é de aproximadamente 2g até 3g /Kg para o total de proteína da dieta somando-se suplementos e alimentos (nesse post eu explico como calcular).

Funções da Albumina
  • Manutenção da pressão osmótica.
  • Transporte de hormônios tiroideais.
  • Transporte de hormônios lipossolúveis.
  • Transporte de ácidos graxos livres.
  • Transporte de bilirrubina não conjugada.
  • União competitiva com ions de cálcio.
  • Controle do pH.

Causas da deficiência de albumina
  • Insuficiência hepática: Por diminuição da produção.
  • Desnutrição.
  • Síndrome nefrótica: Por permitir sua excreção urinária.
  • Transtornos intestinais: Perda na absorção de aminoácidos durante a digestão (levando à desnutrição) e perda por diarréias.
  • Enfermidades genéticas que provocam hipoalbuminemia (muito raras).

Tipos de albumina
  • Seroalbumina: é a proteína do soro sanguíneo.
  • Ovoalbumina: é a albumina da clara do ovo.

A Ovoalbumina, proteína majoritária do ovo, possui propriedades antigênicas resistentes à desnaturação térmica, é termo-estável.

  • Lactoalbumina: é a albumina do leite.
 
Alimentos ricos em albumina
 
      O principal alimento que contém grande quantidade desta proteína é a clara de ovo, mais podemos encontra-la em outros alimentos como a batata onde a proteína tem até um valor biológico mais alto que a do ovo e da carne, mais claro seria necessário a ingestão de uma quantidade maior.


Alguns Suplementos de Albumina

Albumina Saltos
    A Albumina Salto´s se destaca no mercado nacional e quem conhece o produto relata ela ser a melhor entre todas, por ser pura e não ser adicionado outros ingredientes para melhorá do seu sabor e assim o produto é feito somente de clara do ovo em pó, tem a desvatagem de não possuir um sabor agradavel mais lhe trás a segurança de estar adquirindo um produto de qualidade e que vai lhe garantir a quantidade de proteína que você necessita para sua suplementação em proteínas, o sabor pode ser melhorado, é só usar a sua criatividade e adicionar sabores como com suco clight, ou então chocolate em pó.
    Cada 14gr possui: 11 gr de proteínas e <1 gr de carboidratos

    Albumina Probiótica



    A Super Albumina Probiótica é fundamental para o crescimento e regeneração muscular;
    Permite que você facilmente obtenha a quantidade de proteína de alta qualidade que deseja na refeição.
    Cada 20gr possui: 8gr de proteínas e 10 gr de carboidratos

    Albumina Integralmédica



    O Albumix Plus possui perfeita combinação de Albumina, Whey Protein (proteínas de alto valor biológico) e Maltodextrina. Fornece um excelente perfil de aminoácidos essenciais (sem a presença de aminoácido limitante) e proporciona o aproveitamento total das proteínas do produto. Apresenta um ótimo balanço de aminoácidos essenciais e não essenciais, sendo fonte natural dos aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), muito importantes na geração local de energia e na hipertrofia muscular. Além disso, fornece vitaminas e minerais, essenciais para uma maior resistência física.
    O Albumix Plus é indicado para pessoas que necessitam de uma reposição eficiente de proteínas como praticantes de fisiculturismo, levantamento de peso, atletismo, triathlon, maratonas, futebol, lutas, entre outros. É indicado também para esportistas e atletas de nível intermediário e/ou profissional. Ajuda no ganho de massa muscular e recuperação pós-treino.
    Cada 20gr possui: 14 gr de proteínas e 4 gr de carboidratos

    Albumina Neo Nutri

    ALBUMINA da NeoNutri, é um suplemento protéico composto por clara do ovo pasteurizada e desidratada e maltodextrina. O produto é isento de gorduras e cada porção fornece 8 gramas de proteína. Albumina da NeoNutri está disponível em quatro sabores e pode ser consumida diariamente em até duas porções nos intervalos entre as principais refeições e/ou logo após os treinos.
    Cada 20gr possui: 8 gr de proteínas e 10 gr de carboidratos

    Albumina MidWay



    ALBUMINA MIDWAY é elaborado com a clara do ovo pasteurizada e desidratada, que é uma excelente fonte de proteína de alto valor biológico, rica em aminoácidos.
    É indicado para praticantes de modalidades esportivas diversas e para a complementação de dietas ricas em proteínas.
    Cada 20gr possui: 9 gr de proteínas e 9 gr de carboidratos

    Albumina Body Action



    A Albumin W-Tech é a Superior combinação entre a proteína da clara do ovo pasteurizada e desidratada (albumina) e a proteína concentrada do soro do leite (Whey Protein). Essa interação entre proteínas de alto valor biológico fazem do Albumin W-Tech um produto de altas concentrações de aminoácidos ligados por peptídeos naturalmente ricos em BCAA’s, importantíssimos na geração local de energia e também no aumento e manutenção da massa muscular.
    Cada 30gr possui: 24 gr de proteínas e <1 gr de carboidratos

Bibliografia

Hakim RM, Levin N. Malnutrition in hemodialysis
patients. Am J Kidney Dis 1993; 21(2):125-37.

Marckmann P. Nutritional status of patients on
hemodialysis and peritoneal dialysis. Clin Nephrol
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ORTEGA, J. O. Physician perspective: sport nutrition.

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Luís Otávio LOLD
Profissional de Educação Física (Fortaleza-Ce)
Cref-005751-G/CE

domingo, 15 de setembro de 2013



O que é CREATINA?
     A composição da creatina é [NH2-C(NH) - NCH2(COOH)-CH3] é um composto de aminoácidos presente nas fibras musculares e no cérebro. A palavra deriva do grego kreas, que significa carne. Em 1832 o cientista e filósofo francês, Michel Eugene Chevreul, identificou e nomeou a creatina, mas foi Justus von Liebig, cientista alemão, que anos depois começou a promovê-la como substancia importante para aumento de força em trabalhos físicos.

Creatina e função renal?
     Normalmente os nutricionistas e alguns profissionais de saúde, rotineiramente medem os níveis de creatinina sanguínea para determinar a função renal. A creatina é quebrada em creatinina após o exercício físico dos músculos. O seu nível é equilibrado pelos rins, e logo após ela é eliminada pela urina.

     A Creatina age no organismo diretamente nas mitocôndrias , que são organelas das celúlas do organismo humano. Ela fornece energia e aumenta a quantidade de água da célula, dando volume a mesma. Consequentemente há uma expansão em suas células, resultando em maior densidade muscular e força física.

Fontes de CREATINA?

     Em humanos, geralmente metade da creatina armazenada é originada dos alimentos (principalmente da carne e peixe). Entretanto, a síntese endógena de creatina no fígado é suficiente para as atividades normais do dia-a-dia. Em função disso, apesar de os vegetais não conterem creatina, os vegetarianos não sofrem por sua deficiência.

No Brasil, Estados Unidos e Portugal

     Em 2005, a venda de creatina como suplemento alimentar foi proibida pela ANVISA em todo Brasil. Entretanto, esta proibição foi revogada em abril de 2010 com a publicação de uma nova regulamentação de alimentos para atletas, onde há uma recomendação clara para o uso do suplemento a base de creatina apenas para atletas que praticam exercícios de alta intensidade.

     Em Portugal a creatina pode ser encontrada sob o formato de mono-hidrato de Creatina e é um produto autorizado pela ASAE. É sobretudo utilizado para o aumento muscular e da força bem como a resistência da mesma.

Efeitos

Nitrobombeamento - Volumização Muscular - - Energia - Aumento da síntese proteica

 

Referências


Base de dados Creatina por AlfaAesar, consultado em 31. Mai 2007 .

Römpp CD 2006, Georg Thieme Verlag 2006.

Anvisa - Agência sensibiliza produtores de alimentos para atletas.
 
 
Luís Otávio LOLD
Profissional de Educação Física (Fortaleza-Ce)
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013


BCAA – O que é, efeitos e como tomar?

     Os Aminoácidos de Cadeia Ramificada (AACR), conhecidos popularmente como BCAA do inglês branched chain amino acids), são compostos por três aminoácidos essenciais - valina, leucina e isoleucina. Estes por sua vez, são encontrados em fontes protéicas de origem animal.
     Existem 20 aminoácidos que são de fundamental importância não só para a construção muscular, como para o bom funcionamento e manutenção das funções vitais do nosso corpo, desses 20 aminoácidos existentes, o corpo humano só é capaz de produzir metade dessa quantia, cerca de 8 á 10 são obtidos através da alimentação ou no caso do BCAA, pela suplementação.
 
     Os AACR ou BCAA têm se difundido largamente entre os praticantes de atividades físicas, tornando-se objeto de estudo para vários pesquisadores. Isso ocorre, pois estudos demonstram que os indivíduos fisicamente ativos provavelmente necessitam de maior quantidade de proteínas provenientes da dieta do que aqueles sedentários.
 

Utilização de BCAA

 
     Alguns estudos associam a suplementação de BCAA com carboidratos no intuito de potencializar o efeito ergogênico dos aminoácidos e poupar glicogênio durante o exercício de endurance. Contudo, os resultados encontrados não favorecem esta conduta.
 
      Em um estudo, quando a glicose (100 mg) foi administrada antes do exercício juntamente com o suplemento BCAA (30 mg) esta associação não demonstrou efeito adicional no desempenho, enquanto o suplemento de AACR (30 mg) isolado aumentou o tempo que levou os ratos à exaustão (ROSSI, 2004; GOMES, 2000).
 
      O Ministério da Saúde regulamenta nos produtos formulados, os aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina), isolados ou combinados, devem constituir no mínimo 70% dos nutrientes energéticos da formulação, fornecendo na ingestão diária recomendada até 100% das necessidades diárias de cada aminoácido (MINISTÉRIO DA SAÚDE: Portaria nº222/1998).

 

Necessidades diárias

 


As necessidades diárias desses aminoácidos são:





Isoleucina

10

 

Leucina

14

 

Valina

10

 

BCAA Necessidade (mg/kg/dia)

Fonte: RDA/NAS, 2002.

 

Indicações da suplementação com BCAA

 

Para praticantes de exercício físico ou atletas de alta intensidade, com ou sem carga, e longa duração (endurance), que apresentem um consumo dietético inferior às necessidades fisiológicas.

 

Contra-indicações 

     Pessoas intolerantes a um dos aminoácidos componentes das fórmulas e/ou pessoas com patologias que necessitam restrição, médica ou nutricional, do consumo excessivo de proteínas.

 

Efeitos Colaterais

 
     Os principais efeitos colaterais relacionados à suplementação de altas doses, são: desconforto gastrintestinal, como diarréia e aumento da formação de gases, além de comprometer a absorção de outros aminoácidos.

 

Associações

 
     Os BCAA podem ser associados com vitamina B6 (Piridoxina). Essa vitamina tem a função de auxiliar o metabolismo dos aminoácidos, é importante para o crescimento normal e é essencial para o metabolismo do triptofano, para a produção de epinefrina, serotonina e outros neurotransmissores. A vitamina B6 é absorvida no intestino delgado, mas diferentemente das outras do complexo B, não é totalmente excretada pelos rins, ficando retida, principalmente, nos músculos.
 
     Pode ser feita uma associação dos BCAA com arginina, outro aminoácido que tem a finalidade de poupar o glicogênio muscular, além de evitar a fadiga central.


 

Luís Otávio LOLD
Profissional de Educação Física (Fortaleza-Ce)
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